IBGE lançou edital de contratação de funcionários para o Censo de 2022 três dias antes da pesquisa ser formalmente iniciada. Afinal, tem como uma presepada dessa dar certo?
Toda semana eu sinto uma imensa saudade dos bons tempos de uma democracia representativa de verdade dos governos do PT. Tínhamos processos estruturados, previsão e projetos nacionais. De PROSUB para PROUNI até um Censo minimamente organizado que tinha por objetivo claro de realizar um estudo estatístico da população brasileira, algo indubitável em qualquer país sério.
No governo do Genocida miliciano nem o Censo está sendo feito de acordo. Devido à incompetência planejada do miliciano o Censo [Censo Demográfico do Brasil] está dois anos atrasado e IBGE somente no neste mês de Agosto de 2022 deu início ao processo de coleta de informações. O Brasil de Fato informa que o governo cortou pela metade o orçamento para realização do estudo, que era para ser no mínimo de quase 4 bilhões de reais e liberou somente 2 bilhões de reais para realização do procedimento.
Além disso, surgiram os primeiros casos de funcionários não recebendo para trabalhar, a precarização ao terem um curso de uma semana para aprenderem como será a rotina da atividade, sem os itens de proteção contra COVID e recebem somente 40 reais – ajuda de custo – por dia de trabalho que inclui alimentação e transporte. Relato obtido por Igor Carvalho no Brasil de Fato:
Nossa equipe está sem receber ajuda de custo, nem mesmo alimentação, tem gente que passa o dia inteiro sem comer” afirma uma recenseadora que está recebendo treinamento na Praia Grande, no litoral de São Paulo. Não sabemos nem mesmo onde vamos trabalhar, não fui informada. Passei uma semana no curso e não falaram nada sobre os cuidados na pandemia, por exemplo.
E depois?
Caso, e espero, tenhamos uma alternância de Poder para um governo legítimo, de Esquerda e Popular, todo o processo do Censo deste ano terá que ser revisto.
Todo o aparato do Estado foi corrompido pelo Bolsonarismo. Não há confiança em uma instituição, no caso o IBGE, que foi obrigada pela Justiça para que as perguntas sobre orientação sexual estivessem no questionário.




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