Aprovada em primeiro lugar no concurso de Oficiais do Serviço Militar Voluntário, uma mulher trans, identificada como Sabrina, foi proibida de continuar no concurso pela Marinha Brasileira.
Ela teve que entrar na Justiça Federal, mesmo tendo passado em primeiro lugar no concurso, pois a Marinha tentou desclassificar a candidata utilizando um “artifício” no edital do processo seletivo. Alegando, com base na junta médica da instituição, de que ela teria hipogonadismo [deficiência de hormônios sexuais]...Qual seria a importância do Marinheiro ter ou não problemas na produção hormonal?
Se fosse um problema visual ou algo que de fato atrapalhasse a atividade durante o trabalho na Marinha até poderia ser considerado, mas porque diabos se importar com se a pessoa produz hormônios, adequadamente, em seus ovários ou testículos?
A advogada Bianca Figueira, uma militar reformada e uma mulher trans, entrou com ação na Justiça Federal do Rio de Janeiro questionando a alegação da junta médica da Marinha para que a candidata continuasse nas etapas do concurso e pede 150 mil reais em indenização por danos morais. Bianca disse ao site Juristas:
É um preconceito escancarado, claramente um caso de transfobia. Pegaram uma condição do edital e impuseram a Sabrina.Em julho, um juiz do Rio de Janeiro deu uma liminar de emergência para que a estudante continue o processo na Marinha e citou a decisão de 2019 do Supremo Federal que a Marinha poderia ser incitada pelo crime de racismo por Transfobia contra a candidata.
Quase 2 meses depois do “incidente” a Marinha Brasileira não respondeu aos jornalistas do Uol que noticiaram a matéria em primeira mão em junho.
Em síntese a Marinha, como o restante das Forças Armadas Brasileiras, são instituições retrógradas.
Lembrando que um dos motivos do Golpe contra a presidenta Dilma em 2016 foi por causa da Comissão da Verdade, que apurou os crimes cometidos pelas Forças Armadas durante a Ditadura Militar. Perdemos duas gerações de pessoas mortas por militares e até hoje não foram responsabilizados criminalmente.
Hoje, durante o governo fascista do Bolsonero, os militares assumiram a política e com isso temos quase 700 mil mortos pelo Covid, um estado que existe para manter o lucro do sistema financeiro e os soldos estratosféricos da casta militar enquanto 33 milhões de pessoas passam fome.
Fontes: 1, 2 e 3.
Imagens em: Seminário Zona Norte e A gazeta
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