Ex-Psol e Ex-PFL juntos no Rio de Janeiro

Nesta sexta-feira, dia 22/07, o ex-piçol Marcelo Freixo virou hominho e abraçou a política... Enquanto isso, o seu PSB apronta contra o PT no Rio de Janeiro.

O Estado do Rio de Janeiro é de extrema importância política, especialmente, nesta eleição. Por três motivos: em primeiro lugar porque o Rio de Janeiro é o terceiro maior colégio eleitoral; com quase 11 milhões de votos que podem, junto com São Paulo, Minas Gerais e Bahia, serem os Estados fundamentais para a eleição presidencial seja resolvida no primeiro turno. O segundo motivo está em trazer de volta o Estado para o lado da Esquerda, desde de Brizola e brevemente por Benedita que Rio de Janeiro está no comando da direita/extrema direita. Por último, o fator simbólico de uma vitória de um candidato, dito de Esquerda, na terra do Bolsonero.
Além de uma vitória de Lula na província fluminense, a candidatura do o ex-piçol e agora do PSB, partido que não tem nada de socialista e muito menos brasileiro, seria uma mudança política que traria a disputa para o embate. Para que enfim Freixo deixei de ficar brincando de ser oposição para ser hominho, suando e quem saiba fazer um bom governo.

Hoje, o PSDB [tucano] e PSB oficializaram o Cesar Maia, pai do Rodrigo Maia, para ser vice da chapa de Marcelo Freixo ao governo do Rio de Janeiro. Freixo disse:
É uma honra ter Cesar Maia ao meu lado como pré-candidato a vice-governador. Cesar é um gestor experiente e será fundamental na reconstrução do Rio de Janeiro. O momento é de união e foco no trabalho para que todas as famílias possam viver e prosperar em paz.
A conjuntura parece limpinha e interessante para aqueles que são “defensores da democracia”, com todo o discurso padrão de união e que o bolsonarismo tem que ser combatido mas a realpolitik não é bem assim.

Enquanto Freixo e seu partido fazem essa jogada, eles também tentam queimar as pontes com o PT no Rio de Janeiro. Acordo nacional da Federação [uma coligação forçada por 4 anos] de partidos para essa eleição que PT e PSB fizeram pacto envolvendo o Picolé de Chuchu na vice de Chapa de Lula e para os cenários Estaduais teriam acordos vinculados a nomes que tivessem popularidade com reais chances de vencer a eleição.
Foi que aconteceu no caso de Fernando Haddad em São Paulo e outro, exemplo que não deu certo, foi a questão Marília Arraes em Pernambuco VS o PSB. Comentamos [AQUI] e [AQUI].

E mais uma vez o PSB usa a tática clássica de um partido provinciano de: farinha pouca, meu pirão primeiro. Para eles o importante é conquistar territórios estaduais, assim garantindo mais dinheiro público para futuras eleições mas sem se importar com um projeto nacional para o Brasil e muito menos a disputa pela maioria do Congresso.

O acordo político entre PSB e PT era de que o Freixo [candidato pelo PSB, depois de trair o psol] seria candidato ao governo fluminense, o PT por sua vez não quis aceitar a vice da chapa mas decidiu focar – o jeito certo da realpolitik – que o Partido dos Trabalhadores, dentro da federação estadual tivesse o nome para o Senado, neste caso, o André Ceciliano.

A jogada do PT é de deixar o PSB se arriscar na disputa estadual, mas ter um nome forte e que, talvez, ganhe o Senado Federal, assim, o Partido dos Trabalhadores terá mais força para combater a extrema direita no Legislativo. Visto que o candidato do bolsonarismo a ser combatido é o Romário!

Entretanto, a nova turminha do Freixo chutou o PT, mais uma vez, lançando Molon, um ex-petista, traidor, ex-Rede e amante da lava jato na disputa pelo Senado no Rio de Janeiro. O momento é tão bizarramente tenso que nem o Lula tá passando pano:
[...] Estou dizendo para vocês porque vocês já sabem que o Freixo é governador, que nós temos muitos deputados, mas é importante eleger senador. E nós só temos um!
[...] "Então, a gente não pode ter dúvida que a gente precisa escolher para senador da República André Ceciliano, companheiro do Partido dos Trabalhadores.
O que Marcelo Freixo, talvez só talvez, custe aceitar é que ele só ganhará a eleição com ajuda de dois fatores… De Lula e da militância petista.

Fontes: 1, 2, 3 e 4.
 
Fotos: Wiki e Carta Capital