Quatro artigos fundamentais e dois vídeos para entender o conceito de ser “Branco” tanto na gringolândia norte-americana como no Brasil contemporâneo. Afinal, branco é um conceito político de poder?
No vídeo abaixo, o streamer político norte-americano turco Hasan Piker, explica a ideia de que, nos States, ser branco, a branquitude, numa tradução adaptada: “a brancura USA” é um conceito que só existe quando definido contra as pessoas negras. E que na verdade a cultura branca é uma cultura de dominação política, que dependendo do momento, pode ser modificada.
Por exemplo, Benjamin Franklin um dos líderes da revolução americana considerava os alemães como não brancos. Que para ele os únicos brancos eram Ingleses e aqueles que viviam na América do Norte, pré-revolução, quando ainda era colônia inglesa. Vídeo em Inglês:
Por exemplo, Benjamin Franklin um dos líderes da revolução americana considerava os alemães como não brancos. Que para ele os únicos brancos eram Ingleses e aqueles que viviam na América do Norte, pré-revolução, quando ainda era colônia inglesa. Vídeo em Inglês:
Hasan, em seu vídeo, cita dois artigos fundamentais para entender a questão Whiteness, o primeiro artigo escrito por Robert P. Baird [AQUI] para o The Guardian sobre a longa história de dominação política branca norte-americana e europeia.
O artigo [AQUI] com a citação de Benjamin Franklin: dos bárbaros da Germânia que ocupariam as terras norte-americanas e estragariam a branquitude junto com seus não-brancos:
That the Number of purely white People in the World is proportionably very small. All Africa is black or tawny. Asia chiefly tawny. America (exclusive of the new Comers) wholly so. And in Europe, the Spaniards, Italians, French, Russians and Swedes, are generally of what we call a swarthy Complexion; as are the Germans also, the Saxons only excepted, who with the English, make the principal Body of White People on the Face of the Earth.[vídeo]
No Brasil
Depois de assistir o vídeo de Hasan fui procurar artigos no que diz respeito à conjuntura brasileira. Vejo que no Brasil o “imenso bode na sala” nunca é de fato discutido o e quanto temos, pequenas sutis respostas para o tema, como por exemplo, cota racial, eis que o círculo vicioso do debate nunca chega a uma solução. É claro que a cota racial implementada deu resultado inicial, mas foi graças que sua implementação teve respaldo por um governo de esquerda, no caso, dos Governos dos Trabalhadores. No Le Monde Brasil temos um artigo excelente que resume, a primeira parte, do problema brasileiro:
[...] a dificuldade em se falar da branquitude ocorre porque os últimos séculos de domínio europeu e branco foram responsáveis pela criação de uma narrativa própria. Nesta, os fatos sinistros de suas histórias foram silenciados.Leitura completa [AQUI]
O artigo de Lia Vainer Schucman traz o mundo acadêmico para a discussão mainstream, com o título “Sim, nós somos racistas: estudo psicossocial da branquitude paulistana”, leitura completa [AQUI], a pesquisa da autora é um retrato da história social de uma sociedade construída de forma erradamente maquiavélica.
A melhor parte da pesquisa está na conversa com entrevistados. Uma coletânea de absurdos preconceituosos que é nata do pré-bolsonarismo:
O que é ser branco para você? (Lia)A PhD Lia Vainer Schucman deu uma palestra mostrando o caminho de qual seria o papel da pessoa que se considera branco na luta antirracista. Fortemente recomendado!
Posso responder o que é ser branco, eu gosto da minha cor e gosto das minhas atitudes".
Tem a ver com as atitudes? (Lia)
Não, vou dizer assim, eu gosto da minha cor e gosto das minhas atitudes. O que eu faço na minha vida, sou uma pessoa que trabalho, não faço coisa errada, então gosto muito das atitudes da minha sobrevivência, sempre tento fazer o bem, sempre tentando as coisas certas. (Vinicius)
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